Todos nós em algum momento de nossas vidas já utilizamos a negação para de alguma forma, ter mais forças ou mesmo perspectiva diante de uma situação de dor.
É comum em situações de luto, traições, diagnósticos de doenças e grandes perdas, utilizarmos falas como: “não pode ser… não é possível… isso não é verdade”, como forma de minimizar a dor ou mesmo “amortecê-la” do impacto.
Utilizar a negação como autodefesa é, em pequena escala, um benefício. Ela nos permite “cobrir” as feridas extremamente dolorosas para que possamos seguir em frente. A reação é legítima após um período de choque, mas é aconselhável e saudável que seja por um período curto.
Não podemos passar o resto da vida negando que algo ruim aconteceu. É preciso quebrar este ciclo para não criar a dependência de viver em uma mentira. Todos nós possuímos prazos para o enfrentamento da dor, uns maiores, outros menores, e para que ela seja superada precisamos utilizar mecanismos que nos mantenham saudáveis física e emocionalmente.
Assumir a responsabilidade por nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos, e viver de acordo com a realidade são processos importantes destes mecanismos. Tais mecanismos se desenvolvem conforme nos conhecemos melhor. Quando entendemos quais são os nossos limites de dor conseguimos enfrentar e suportar o sofrimento da melhor forma, sendo autênticos a nós mesmos, de modo a evoluir e não nos cristalizarmos, enfrentando nossas incertezas e impotências através do desenvolvimento da resiliência, da nossa capacidade de ter esperança, lidar com problemas e superar obstáculos.